"A razão antes do coração." Sei que é bem difícil, no futebol ou na vida, seguir o mandamento de Ernest Hemingway.
A frase que começa essa postagem foi escrita pelo cronista, jornalista e escritor mineiro Roberto Drummond, em sua estréia como cronista esportivo no Estado de Minas. Atleticano fanático, Drummond falava exatamente sobre a questão da emoção e da razão de um jornalista, que o profissional não deve deixar transparecer sua opinião ou emoção. Esteja ele falando de seu time do coração, de um desastre ou de um assalto.
Agora, até onde o jornalista deve deixar de lado sua emoção para contar uma notícia? No último domingo, dia 7 de dezembro, cheguei em casa da final da Copa Campus, um teste para meu coração e principalmente para o meu emocional.
A final foi entre Tornassol (time de Engenharia Química da UFRJ) e Padaria (equipe de Educação Física da UFRJ). Nos pênaltis, o Padaria levou a melhor, vencendo sua primeira Copa. Por mais que você queira não torcer, você acaba torcendo por alguém. Não tem jeito. E quando o juiz apita o final do jogo, ou quando o último pênalti é batido e um dos times se torna campeão, alguma emoção toma conta de você. Alegria ou decepção. Falar que não se sente nada é hipocrisia. Ainda assim, por mais feliz ou triste que você esteja, você deve sempre enterrar seu sentimento.
Mas será que não transmitir emoção em nenhuma situação é tão bom assim?
Mas celebrar ou lamentar um título nem foi meu maior problema na cobertura da Copa. Aconteceram uns lances aí durante a semana, que pouco tem a ver com a Copa, mas que me destruíram por dentro. Sentei na mesa do computador para digitar as matérias da Copa com o coração despedaçado, a alma destruída, com um desânimo e tristeza que não sentia havia muito tempo.
Eu não tinha cabeça nem coração para escrever a matéria. Mas o que eu iria fazer? Simplesmente não falar da decisão do terceiro lugar, nem da luta pela artilharia da Copa?
Não. Acima de tudo, tive que colocar a razão acima da emoção e cumprir meu papel de jornalista. Por pior que eu estivesse, simplesmente não poderia deixar de cumprir meu dever. Queria que minhas possíveis matérias de despedida da Copa (não sei se continuarei no ano que vem) fossem feitas com a mesma garra que fiz todas as outras.
Bem, gente, por hoje é só...
Ainda ando meio desanimado, mas esse não é meu blog pessoal. É mais profissional.
E os links das postagens são pra minhas matérias no site da Copa, podem clicar!
Lucas C. Silva
Agora, até onde o jornalista deve deixar de lado sua emoção para contar uma notícia? No último domingo, dia 7 de dezembro, cheguei em casa da final da Copa Campus, um teste para meu coração e principalmente para o meu emocional.
A final foi entre Tornassol (time de Engenharia Química da UFRJ) e Padaria (equipe de Educação Física da UFRJ). Nos pênaltis, o Padaria levou a melhor, vencendo sua primeira Copa. Por mais que você queira não torcer, você acaba torcendo por alguém. Não tem jeito. E quando o juiz apita o final do jogo, ou quando o último pênalti é batido e um dos times se torna campeão, alguma emoção toma conta de você. Alegria ou decepção. Falar que não se sente nada é hipocrisia. Ainda assim, por mais feliz ou triste que você esteja, você deve sempre enterrar seu sentimento.
Mas será que não transmitir emoção em nenhuma situação é tão bom assim?
Mas celebrar ou lamentar um título nem foi meu maior problema na cobertura da Copa. Aconteceram uns lances aí durante a semana, que pouco tem a ver com a Copa, mas que me destruíram por dentro. Sentei na mesa do computador para digitar as matérias da Copa com o coração despedaçado, a alma destruída, com um desânimo e tristeza que não sentia havia muito tempo.
Eu não tinha cabeça nem coração para escrever a matéria. Mas o que eu iria fazer? Simplesmente não falar da decisão do terceiro lugar, nem da luta pela artilharia da Copa?
Não. Acima de tudo, tive que colocar a razão acima da emoção e cumprir meu papel de jornalista. Por pior que eu estivesse, simplesmente não poderia deixar de cumprir meu dever. Queria que minhas possíveis matérias de despedida da Copa (não sei se continuarei no ano que vem) fossem feitas com a mesma garra que fiz todas as outras.
Bem, gente, por hoje é só...
Ainda ando meio desanimado, mas esse não é meu blog pessoal. É mais profissional.
E os links das postagens são pra minhas matérias no site da Copa, podem clicar!
Lucas C. Silva